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Como nasceu o vinho mais caro do mundo.

ROMANEE CONTI já chegou a custar U$25 mil a garrafa num leilão em Hong Kong.

O vinho Romanée-Conti é um dos mais cobiçados, mais caros, mais emblemáticos e mais disputados do mundo! Difícil falar desse vinho. Mas somos maníacos por vinhos e já lemos muito a respeito, então vamos tentar esclarecer, de forma simples e descomplicada, o que o faz tão famoso e tão especial!

O Romanée-Conti é produzido em Côte de Nuits, uma sub-região da Borgonha, na França, e é considerado pelos especialistas como o maior vinho da borgonha e um dos melhores da França.
É feito exclusivamente com uva pinot noir e as uvas utilizadas são somente as cultivadas no Domaine de La Romanée-Conti, que tem 1,8 hectares (o que explica o porquê a produção é tão pequena), dependendo da produção de cada ano sãofeitas de 4 a 6 mil garrafas por safra, antes de ser engarrafado já está vendido ou seja na barrica e existe uma fila de espera para as próximas safras de cada ano.

A História do Domaine de La Romanée-Conti

Os vinhos da Borgonha contam história há mais de 10 séculos! Isso mesmo. Segundo registros históricos, os vinhedos da região já existiam quando os romanos lá chegaram. No século XII esses vinhedos foram transferidos para os monges do Mosteiro de Saint-Vivant.

Os monges tiveram grande influência na melhora da qualidade dos vinhos, pois eram jovens e dedicaram-se à viticultura com trabalho árduo, aprimorando a cultura e a produção. E foram eles os responsáveis pela demarcação minuciosa de cada um dos microclimas da Borgonha – tão minuciosa que a região que produz o Romanée-Conti tem apenas 1,8 hectares, dos totais de 27,8 hectares de todo o Domaine.

Posteriormente, no período de monarquia de Luís XV, os vinhedos onde atualmente está o Domaine de La Romanee Conti, foram vendidos para o príncipe Conti – Louis-François de Bourbon, que foi proprietário desse pequeno pedaço de céu até 1793, quando foi preso pela Revolução. Durante esse período, usufruiu do maravilhoso vinho de forma intensa – a produção era destinada exclusivamente para o seu consumo pessoal.

Somente depois desse período, em 1794, que surgiu o nome Romanée-Conti e, posteriormente, em 1911, o Domaine de La Romanée-Conti foi adquirido pela família Villaine, coproprietária até os dias de hoje.
Atualmente a propriedade pertence a duas famílias: Villaine e Leroy. Os negócios são gerenciados por dois associados – um representante de cada família – com poderes de gestão. O representante da família Villaine é Aubert de Villaine e Henry-Frederic Roch, neto de Henri Leroy, o representante da família Leroy. Há, ainda, um Conselho formado por outros representantes de cada uma das famílias: Henri de Villaine e Perrine Fenal (neta de Henri Leroy).

No total, o Domaine possui algo em torno de 27,8 hectares de vinhas, assim distribuídas:

Romanée-Conti: o mais famoso de todos, tem área de 1,81 hectares e está localizado na comuna de Vosne-Romanée. Em 2011 a produção foi de 5.673 garrafas.

Richebourg: tem área de 3,51 hectares e está localizado na comuna de Vosne-Romanée. Em 2011 produziu 11.177 garrafas.

La Tâche: tem área de 6,06 hectares e também está localizado na comuna de Vosne-Romanée. Em 2011 produziu 18.196 garrafas.

Échézeaux: tem área de 4,67 hectares e também está localizado na comuna de Vosne-Romanée. Em 2011 produziu 12.366 garrafas.

Grand Échézeaux: tem área de 3,53 hectares e também está localizado na comuna de Vosne-Romanée. Em 2011 produziu 11.071 garrafas.

Romanée-St-Vivant: tem área de 5,29 hectares e também está localizado na comuna de Vosne-Romanée. Em 2011 produziu 13.971 garrafas.

Montrachet: tem área de 0,67 hectares e está localizado no coração da Côte de Beaune. Em 2011 produziu 3.178 garrafas de vinho branco.

AOC Corton Grand Cru du Domaine Prince Florent de Merode: localizado mais ao sul, com área total de 2,27 hectares, alugado desde novembro de 2008. Do total, 0,57 hectares são de Clos du Roi, 1,19 hectares de Bressandes e 0,50 hectares de Renardes. A produção em 2011 foi de 5.523 garrafas.

Quer saber um pouco mais da história deste ícone do mundo do vinho, há uma publicação que conta em detalhes: A História do Romanee Conti (Maximillian Potter) que foi eleito o melhor livro sobre de 2014 pelo NY Times.


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